29 de set. de 2016

A Graça Eterna

A Graça Eterna
Leia: Efésios 2:1-10 | A Bíblia em um ano: Isaías 7–8
Efésios 2
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé… —Efésios 2:8
Arregimentado na Marinha Real, John Newton foi dispensado por insubordinação e voltou-se para trabalhar com o tráfico de escravos. Conhecido por praguejar e blasfemar, Newton trabalhou num navio negreiro durante os dias mais cruéis da escravidão além-mares, finalmente alcançando o posto de capitão.
Uma conversão dramática em alto-mar o colocou no caminho da graça.
Ele sempre teve a sensação de desmerecimento por sua nova vida. Ele se tornou um pregador evangélico extraordinário e, por fim, líder do movimento abolicionista. Newton apareceu no Parlamento britânico, dando testemunho pessoal irrefutável sobre o horror e imoralidade do comércio escravagista. Também o conhecemos como o autor da letra do hino que talvez tenha sido o mais amado de todos os tempos: A Graça Eterna.
Newton creditou todo bem que havia em si mesmo como resultado da a ação da graça de Deus em sua vida. Ao agir assim, ele se coloca no mesmo patamar que estes grandes heróis: um assassino e adúltero (o rei Davi), um covarde (o apóstolo Pedro) e um perseguidor de cristãos (o apóstolo Paulo).
A mesma graça está disponível a todos os que invocam a Deus, porque nele “…temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Efésios 1:7).
As vidas arraigadas na imutável graça de Deus jamais podem ser desenraizadas.

25 de set. de 2016

A sábia e velha coruja

A sábia e velha coruja
...o que modera os lábios é prudente. —Provérbio 10:19
Anos atrás, um escritor anônimo compôs um curto poema sobre as vantagens de medirmos nossas palavras.
Uma sábia e velha coruja
sentou-se sobre um carvalho;
Quanto mais via, menos falava;
Quanto menos falava, mais escutava;
Por que não podemos todos ser
iguais a esse sábio e velho pássaro?
Existe uma relação entre a sabedoria e o limite sobre o que dizemos. O livro de Provérbios 10:19 alerta: “No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente.”
Somos sábios ao tomar cuidado com o que dizemos ou com o quanto dizemos em certas situações. Faz sentido guardar as nossas palavras quando estamos zangados. Tiago recomendou aos seus colegas cristãos: “…Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago 1:19). Refrear as nossas palavras também demonstra reverência a Deus. Salomão falou: “…Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras” (Eclesiastes 5:2). Quando outras pessoas estão sofrendo, a nossa presença silenciosa pode ajudar mais do que muitas expressões de solidariedade. “…e nenhum lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande” (Jó 2:13).
Embora haja momentos de ficarmos em silêncio e momentos de falarmos (Eclesiastes 3:7), optar por falar menos nos permite ouvir mais.
Que seu discurso seja melhor que o silêncio; caso contrário, permaneça silente.

24 de set. de 2016

A linguagem do assobio

A linguagem do assobio
Eu lhes assobiarei e os ajuntarei, porque os tenho remido... —Zacarias 10:8
Em La Gomera, numa das menores ilhas das Ilhas Canárias, uma forma de comunicação que se assemelha à canção de pássaros está sendo revivida. Numa terra de vales profundos e desfiladeiros escarpados, os alunos das escolas e os turistas estão aprendendo como o assobio foi, certa vez, utilizado para comunicar-se a distâncias acima de três quilômetros. Um pastor de cabras que está reutilizando esta linguagem antiga para novamente se comunicar com o seu rebanho disse: “Eles reconhecem o meu assobio assim como reconhecem a minha voz.”
O uso do assobio também aparece na Bíblia, nela Deus é descrito como o pastor que assobia para o Seu rebanho. Esta imagem poderia ser o que o profeta tinha em mente ao descrever como Deus um dia assobiará para trazer um povo errante e disperso de volta para si (Zacarias 10:8).
Muitos anos depois, Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10:27). Esse pode ser o assobio do pastor. O rebanho não compreende as palavras, mas eles reconhecem o som que sinaliza a presença do pastor.
As vozes que enganam e os barulhos que distraem ainda competem por nossa atenção (Zacarias 10:2). Deus, porém, tem maneiras de nos orientar, mesmo sem utilizar-se de palavras. Por meio de acontecimentos que podem ser alarmantes ou encorajadores, Ele nos recorda de Sua presença que guia, protege e tranquiliza.
O chamado de Deus pode ser sempre ouvido.

22 de set. de 2016

Repita os avisos

Repita os avisos
Leia: Gálatas 1:6-10 | A Bíblia em um ano: Eclesiastes 10–12
Gálatas 1
Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho. —Gálatas 1:6
“Cuidado! Final da passarela de pedestres. Cuidado! Final da passarela de pedestres.” Se você já usou uma passarela automática para pedestres num aeroporto, já ouviu este tipo de anúncio inúmeras vezes.
Por que nos aeroportos este anúncio é repetido várias vezes? Para garantir a segurança e protegerem-se de responsabilidades no caso de alguém se ferir.
Os alertas repetidos podem ser chatos, mas têm o seu valor. Na realidade, o apóstolo Paulo pensava que repetir um aviso era tão vital que se utilizou desse recurso no texto de Gálatas. Mas a sua declaração teve mais valor do que o perigo de tropeçar no aeroporto. Paulo os alertou a não dar ouvidos nem acreditar nele ou num anjo do céu se anunciassem qualquer outro evangelho além daquele que eles tinham ouvido (1:8). No versículo seguinte, o apóstolo repetiu o alerta. Era um aviso que merecia ser repetido. Os gálatas haviam começado a acreditar que a salvação deles dependia das boas obras, não do verdadeiro evangelho: fé na obra de Cristo.
Temos o privilégio e a responsabilidade de compartilhar o evangelho de Jesus — Sua morte, sepultamento e ressurreição para o perdão de pecados. Quando apresentarmos o evangelho, compartilhemos que o Cristo ressurreto é a única solução para o problema do pecado.
Apenas um caminho leva ao céu — Jesus Cristo é o caminho.

20 de set. de 2016

Enraizado


Enraizado

Leia: 2 Crônicas 24:15-22 | A Bíblia em um ano: Eclesiastes 4–6
2 Coríntios 12
...Fez Joás o que era reto perante o Senhor todos os dias do sacerdote Joiada. —2 Crônicas 24:2
Joás provavelmente se sentiu confuso e assustado quando soube das obras perversas de sua avó Atalia. Ela havia assassinado os irmãos dele para usurpar o poder ao trono de Judá. Mas o bebê Joás fora escondido em segurança pelos tios durante seis anos (2 Crônicas 22:10-12). À medida que ele crescia, desfrutava do amor e da instrução de seus cuidadores. Quando estava com apenas 7 anos, o menino foi coroado rei secretamente, e a avó foi destronada (23:12-15).
O jovem rei Joás tinha um conselheiro sábio ao seu lado — seu próprio tio Joiada (22–25). Joás era um dos raros “bons reis” de Judá, e, enquanto seu tio viveu, ele obedeceu ao Senhor agindo corretamente (24:2). Porém, assim que o seu tio não estava mais ali para ensinar e dar o exemplo, Joás sucumbiu, e a vida dele terminou mal (24:15-25). Parece que as raízes de sua fé não eram profundas. Ele até começou a adorar ídolos. Talvez, a “fé” de Joás fosse mais do seu tio do que dele próprio.
Outras pessoas podem nos ensinar os princípios da sua fé, mas cada um de nós deve vir individualmente com fé duradoura e pessoal em Cristo. Para que a fé seja verdadeira, ela deve se tornar pessoalmente nossa. Deus nos ajudará a andar com Ele e a criar raízes e nos firmarmos na fé (Colossenses 2:6,7).
A fé que continua até o fim testifica de que era genuína em seu início.

17 de set. de 2016

Entregando a Deus...

Entregando a Deus

Entregando a Deus
Leia: Marcos 10:17-22 | A Bíblia em um ano: Provérbios 27–29
2 Coríntios 10
Ele [...] retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades. —Marcos 10:22
Corrie ten Boom, é heroína para uma geração de pessoas que cresceu após a Segunda Guerra Mundial, pois deixou um legado de piedade e sabedoria. Vítima da ocupação nazista na Holanda, ela sobreviveu para contar sua história de fé e dependência de Deus durante uma época de sofrimento horrendo.
“Tive muitas coisas em minhas mãos”, Corrie disse certa vez, “e perdi todas elas; mas, tudo o que coloquei nas mãos de Deus, isso ainda possuo”.
Corrie estava familiarizada com a perda. Ela perdera a família, os bens materiais e anos de sua vida por causa de pessoas odiosas. Mesmo assim, aprendeu a se concentrar naquilo que poderia obter espiritualmente, emocionalmente, ao colocar tudo nas mãos de seu Pai celestial.
O que isso significa para nós? O que devemos colocar sob custódia nas mãos de Deus? De acordo com a história do jovem rico no evangelho de Marcos 10, a resposta é tudo. Ele tinha a abundância em suas mãos, mas quando Jesus lhe pediu que desistisse de suas riquezas, ele se recusou. O jovem manteve os seus bens materiais e fracassou em seguir Jesus — em consequência, “retirou-se triste” (v. 22).
Assim como Corrie ten Boom, podemos encontrar esperança ao colocar tudo nas mãos de Deus e. em seguida confiar nele pelo que vier acontecer.
Não há vida mais segura do que a vida entregue a Deus.

16 de set. de 2016

Pronto para orar


Pronto para orar



Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor, a tua presença. —Salmo 27:8
Enquanto viajava de avião com as filhas de 4 e 2 anos, uma jovem mãe se esforçava para mantê-las ocupadas a fim de que não incomodassem os outros. Quando a voz do piloto fez um anúncio pelo sistema de som, Catarina, a filha caçula, parou as atividades e abaixou a cabeça. Quando o piloto terminou de falar, ela sussurrou: “Amém”. Talvez, por ter ocorrido uma catástrofe natural pouco tempo antes, a menina pensou que o piloto estivesse orando.
Como aquela garotinha, quero um coração que leve rapidamente os meus pensamentos à oração. Acho que seria justo dizer que o salmista Davi tinha esse tipo de coração. Temos pistas disso no Salmo 27, no qual ele fala sobre enfrentar inimigos difíceis (v.2). Davi declarou:: “…buscarei, pois, Senhor, a tua presença” (v.8). Alguns dizem que, ao escrever este salmo, Davi estava lembrando-se do tempo em que fugia de Saul (1 Samuel 21:10) ou de seu filho Absalão (2 Samuel 15:13,14). A oração e dependência de Deus estavam no primeiro plano do pensamento de Davi, e ele descobriu que Senhor era seu santuário (Salmo 27:4,5).
Precisamos também de um santuário. Talvez, ler ou orar este salmo e outros também possa nos ajudar a desenvolver essa proximidade com o nosso Deus Pai. À medida que Deus se tornar o nosso santuário, voltaremos mais prontamente o nosso coração a Ele em oração.
Em oração, Deus pode tranquilizar o nosso coração e aquietar a nossa mente.

14 de set. de 2016


Bondoso Jesus

Bondoso Jesus
Leia: Mateus 18:1-10 | A Bíblia em um ano: Provérbios 19–21
2 Coríntios 7
Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. —Mateus 18:3
Charles Wesley (1707–88), evangelista metodista, escreveu mais de 9 mil hinos e poemas sagrados. Alguns, como “Mil línguas eu quisera ter”, são hinos de louvor incríveis e sublimes. Mas seu poema Gentle Jesus, Meek and Mild (Bondoso Jesus, manso e suave) publicado em 1742, é a oração silenciosa de uma criança que capta a essência de como todos nós deveríamos buscar ao Senhor com a fé simples e sincera.
Amado Jesus, Cordeiro bondoso,
Estou em Tuas gloriosas mãos;
Faz de mim, Salvador, o que tu és,
Vive em meu coração (tradução livre).
Enquanto alguns seguidores de Jesus usavam de todos os meios para conseguir uma posição em Seu reino, o Senhor “…chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18:2,3).
Poucas crianças buscam posição ou poder. Em vez disso, elas querem aceitação e segurança, e se agarram aos adultos que as amam e cuidam delas. Jesus jamais afastou as crianças.
A última estrofe do poema de Wesley mostra o desejo infantil de ser semelhante a Jesus:
Eu então proclamarei o Teu louvor
Servirei a ti durante os meus dias felizes;
Então o mundo sempre verá Cristo,
a Criança santa, em mim.
A fé brilha mais forte num coração infantil.

13 de set. de 2016

Não pense mais neles


Não pense mais neles

Leia: Isaías 43:22-28 | A Bíblia em um ano: Provérbios 16–18
2 Coríntios 6
Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro. —Isaías 43:25
Meus primeiros anos como cristão foram carregados com maus pressentimentos. Tive a impressão de que quando Jesus voltasse, todos os meus pecados estariam expostos numa tela gigantesca para todos verem.
Hoje sei que Deus optou por não se lembrar de nenhuma de minhas transgressões. Todo pecado foi enterrado no mar profundo para jamais ser exumado e examinado novamente.
Amy Carmichael escreveu: “Há um ou dois dias, eu estava pensando no passado com bastante tristeza — tantos pecados, fracassos e erros de todos os tipos. Ao ler Isaías 43 e, no versículo 24, contemplei a mim mesma: “…me cansaste com as tuas iniquidades”. Então, pela primeira vez, percebi que não há espaço entre os versos 24 e 25: ‘Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro’”.
De fato, quando o Senhor voltar, Ele “…trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os designíos dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus” (1 Coríntios 4:5). Naquele dia, nossas obras serão provadas, e podemos sofrer perdas, mas não seremos julgados pelo pecado (3:11-15). Deus verá o que Cristo fez por nós. Ele não se lembrará mais dos nossos pecados.
Quando Deus nos salva, nossos pecados são perdoados para sempre.